04
Abr
Esta fascinação erótica pela harmonia ginástica da ioga sempre foi irreverentemente parodiada em numerosas ocasiões, incluindo o vídeo Yoga Boner, que faz referência a esse momento incômodo que assedia muitos homens em algumas aulas de ioga, seja porque a beleza de suas parceiras é transbordante, seja porque não conseguem se concentrar em sua própria prática -ainda que claro que a causa poderia ser a mesma-.
Há algumas semanas gerou-se na Internet uma controvérsia ante a revelação -como se fosse uma grande descoberta- de que as leggings usadas para a ioga nos anos recentes transpareciam a zona genital das mulheres. Esta controvérsia um tanto ridícula -ainda que talvez uma das causas secretas do sucesso da ioga comercial- fez com que uma conhecida marca na gringolândia, Lululemon, inclusive removesse alguns de seus modelos das lojas. Este reboliço meio forjado, segundo alguns críticos, trouxe dividendos à indústria e inclusive à marca.
Toda esta aura sexual, por momentos voyeuristas, foi explorada por um dos sites mais conhecido e especializado em ioga, o Elephant Journal, que publicou o vídeo da playmate Sara Jean Underwood fazendo uma rotina básica de ioga completamente nua. Ainda que o site faça críticas típicas -a objetificação do corpo da mulher, etc.- se desculpa dizendo que ao menos este vídeo promove a ioga entre outro grupo demográfico, que dificilmente seria atraído a seus meles. Algo que pode ser verdade: um grupo que faria ioga para masturbar-se depois com maior poder energético.
Possivelmente ninguém leu o texto até aqui, a estas horas já devem estar vendo a xavasca Shavasana da maior Robert da Playboy. Eu seria muito cínico se dissesse que publiquei este vídeo com a mesma intenção que o Elephant Journal? Ou talvez como crítica a toda esta controvérsia, tão farta quanto absurda?
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